Por mais vezes que realce a importância de poupar dinheiro quer seja para uma viagem, para a reforma ou para comprar algo que nem precisamos é importante também compreendermos a desvalorização do dinheiro ao longo dos anos.
10€ em 2010 não valem os mesmos 10€ em 2019. Isto por causa da inflação. A inflação de forma muito simples, é a subida generalizada dos preços de um cabaz de produtos. Imaginemos então que vai às compras com 10€ em 2010 e consegue trazer 10 produtos no seu carrinho. Em 2019 volta a ir às compras com os mesmos 10€, mas desta vez só consegue trazer 9 produtos no seu carrinho. Isto significa então que a inflação entre 2010 e 2019 foi de 10% numa determinada sociedade.

Imagem de jornaldenegocios.pt
Isto é importante perceber para quem quer poupar. Quando deixamos dinheiro de lado, esperamos não o gastar. Mas também devemos esperar que ele não se desvalorize. Para isso utilizamos ferramentas de poupança que permitem manter o mesmo (ou até mais) valor daquele que tínhamos inicialmente.
Hoje, faço um teste com os Certificados de Aforro e Certificados Poupança Crescimento. Embora não sejam as ferramentas de poupança com a maior rentabilidade, é certamente o investimento mais seguro em território nacional.
Isto significa então que, se optar por subscrever 100€ em certificados de aforro, está a emprestar 100€ ao estado português. O estado em troca, no prazo de 3 meses paga-lhe um juro. Este juro que é pago nos certificados de aforro está indexado às taxas Euribor a 3 meses (que neste momento se encontram negativas, prejudicando assim que está do lado do credor).
Em Junho de 2019, a taxa de juro oferecida aos aforradores da Série E era de 0,67%. Isto significa que por cada 100€ emprestados ao estado, de 3 em 3 meses irá receber na sua conta 0,12€. Como se trata de um produto com capitalização, no 1º trimestre teria 100,12€, no 2º trimestre 100,24€ e assim por diante.
Para consultar as taxas de juro na subscrição dos Certificados de Aforro, clique aqui.
Os Certificados de Aforro ficam bloqueados durante os primeiros 3 meses, isto significa que só poderá levantar esse dinheiro 3 meses após a data de subscrição.
Por outro lado, os Certificados Poupança Crescimento ficam bloqueados durante 1 ano, mas possuem uma taxa de juro mais elevada em comparação com os anteriormente apresentados.
O mínimo de subscrição destes certificados é 1000€, ao contrário dos Certificados de Aforro que são 100€.

Imagem de jornaleconomico.sapo.pt
Taxas de Juro Brutas Certificados Poupança Crescimento (subscrição em Julho 2019):
1º Ano – 0,75%
2º Ano – 0,75%
3º Ano – 1,05%
4º Ano – 1,35%
5º Ano – 1,65%
6º Ano – 1,95%
7 º Ano – 2,25%
A estas percentagens ainda é somado o valor do prémio do PIB, a partir do 2º ano, que corresponde a 40% do crescimento médio real do PIB.
Para consultar as taxas de juro na subscrição de Certificados Poupança Crescimento, carregue aqui.
Ao contrário dos Certificados de Aforro, estes Certificados Poupança Crescimento não possuem capitalização, isto significa então que os juros ao invés de serem depositados na sua conta de aforrador, são imediatamente depositados na sua conta bancária, após o prazo de 1 ano desde a data de subscrição.
A verdade é que nos primeiros anos, o seu dinheiro desvalorizar-se-à visto que as taxas de inflação têm sido superiores áquelas taxas oferecidas aos aforradores. Só que pensando de forma inteligente, podemos verificar que ao invés de o nosso dinheiro estar a desvalorizar 1,50% ao ano (taxa de inflação hipotética), estará a desvalorizar 0,75% no 1º ano, 0,45% no 3º ano, 0,15% no 4º ano e a partir do 5º ano, estará acima da taxa de inflação hipotética.
Este tipo de investimento é recomendado aos contribuintes que tenham uma elevada aversão ao risco, visto ser o investimento mais seguro em Portugal. As taxas de juro oferecidas são superiores àquelas dadas pelos bancos na constituição de um depósito a prazo.
Estes produtos estão sujeito à taxa liberatória.
